Apesar de ser uma excelente fonte de cálcio, fósforo e vitaminas A e do complexo B, esse alimento não deve ser oferecido para o bebê antes do primeiro aniversário. E há diversas explicações para essa recomendação. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a bebida não oferece uma série de nutrientes importantes ao crescimento da criança – e que estão presentes em abundância no leite materno. É o caso do ferro e do zinco, cuja falta é responsável pela anemia, e das vitaminas D, E e C. Para completar, o lácteo contém altas taxas de proteínas que, além de provocarem indigestão, podem causar alergias e, em recentes estudos, têm sido relacionadas com o aumento da obesidade infantil.
Após os 12 meses, o leite de vaca e seus derivados – iogurtes caseiros e queijos – têm carta branca para ser introduzidos na dieta da criançada. A SBP recomenda o consumo de 600 mL por dia da bebida.
Alguns pais imaginam que esse alimento é extremamente saudável para bebês pequenos, mas poucos sabem que, na verdade, a recomendação é evitar o mel até a criança completar um ano. A nutricionista Julliana Bonato, de São Paulo, diz que o produto das abelhas pode esconder uma toxina capaz de causar uma forma de botulismo que só se manifesta em crianças de poucos meses. "Nessa idade, a flora intestinal ainda está amadurecendo e não consegue dar conta da bactéria responsável por essa toxina", explica.
Durante muito tempo, achava-se que ele era um grande vilão da saúde e que só poderia entrar no cardápio do bebê após o nono mês. Mas várias pesquisas mostraram o contrário: além de ser uma excelente fonte de nutrientes, o ovo pode ser introduzido na alimentação dos pequenos já a partir do sexto mês sem problemas. A orientação da SBP é cozinhar o alimento para impedir a contaminação por bactérias. Para crianças de até um ano, duas unidades diárias estão liberadas.
Ricos em minerais como magnésio e selênio e em vitamina B12, camarão, lula, mariscos e outros tipos de frutos do mar só devem estar no prato da criança após o primeiro ano de vida. É que eles aumentam o risco de reações alérgicas nos pequenos.
Se você acha que os pescados devem estar longe do prato do seu filho, fique sabendo que eles são mais do que bem-vindos — principalmente os tipos ricos em ômega-3, ou seja, aqueles provenientes de águas frias, como a sardinha, o salmão, o atum e o bacalhau. A gordura oferece vários benefícios e, nas crianças, é importantíssima para o desenvolvimento cognitivo. O responsável é o ácido docosa-hexaenoico, o DHA, uma fração do ômega-3. Ele é fundamental para a constituição das células nervosas e, consequentemente, a capacidade de memorizar, aprender e se concentrar, além de ajudar no desenvolvimento da retina, ou seja, da visão do bebê.
Mas como inluir o peixe no cardápio do bebê? Quando iniciar a introdução dos sólidos na alimentação do seu filho, bata o pescado junto com a papinha. Se o pequeno tiver entre 8 meses e 1 ano, desfie a carne em pedaços bem pequenos. Após os 12 meses, o consumo está liberado — desde que as espinhas sejam totalmente removidas.
Assim como os frutos do mar, as castanhas são famosas por causar alergias. Quando o pediatra liberar a ingestão – em geral após o primeiro aniversário —, vale a pena incluí-las no cardápio. Isso porque elas estão cheias de proteínas, gorduras boas, fibras, vitaminas e minerais e são prestigiadas por proteger o coração e prevenir doenças como câncer, diabete e Alzheimer.
Há bons motivos para afastar essa delícia do seu bebê até ele completar um aninho. Primeiro, porque o chocolate é muito gorduroso e há o risco de provocar dores de barriga no pequeno. Segundo, porque ele é cheio de açúcar. O ingrediente, além de provocar gases nessa idade, favorece o aparecimento de cárie nos primeiros dentinhos. Os chocolates ainda podem ter muitos aditivos — aí o risco de alergia vai às alturas.
Eles sempre foram um dos primeiros alimentos a entrar no cardápio dos pequenos após os 6 meses de idade, quando a dieta complementar ao leite materno se inicia. Mas o cenário mudou: pediatras do país todo notaram que, muitas vezes, os suquinhos eram oferecidos aos bebês no lugar da fruta in natura; em alguns casos, até mesmo das refeições principais ou da água. "A fruta tem mais fibras e vitaminas do que o suco", alerta o pediatra Mauro Fisberg, coordenador do Centro de Dificuldades Alimentares do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo. "Além disso, ao comê-la, a criança sente melhor sua consistência e exercita a mastigação", complementa.
Por isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria passou a recomendar que a bebida seja dada aos bebês só depois do primeiro aniversário. Isso não significa, contudo, que ela esteja proibida. "A nossa principal preocupação são as versões industrializadas, que têm uma quantidade bem maior de açúcar", explica Fisberg. De qualquer maneira, vale conversar com o pediatra para saber o momento certo de introduzir os sucos - mesmo que naturais - na rotina alimentar do seu filhote.
Cúrcuma, açafrão, curry e páprica são uma delícia e dão um colorido especial para a comida. O problema é que, mesmo sendo naturais, os corantes presentes nesses temperos podem causar alergias nas crianças - principalmente naquelas que ainda não completaram 2 anos e que estão mais sujeitas a essas complicações.
Esse tempero é composto praticamente por sódio, um mineral que, em grandes quantidades, faz com que a pressão arterial vá nas alturas - inclusive das crianças. Para se ter uma ideia, cerca de 6 a 8% dos brasileirinhos são hipertensos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
O problema é que o nutriente está em boa parte dos alimentos que os mais crescidinhos adoram - a exemplo de bolachas recheadas, pães e o popular macarrão instantâneo, só para citar alguns. Além disso, não é raro que as mamães extrapolem na dose do tempero durante o preparo das papinhas e refeições de seus filhos. "Não precisa adicionar sal na hora de servir a comida. Quanto menos, melhor", orienta Mauro Fisberg, que também é professor da Universidade Federal de São Paulo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma ingestão de menos de 2 gramas de sódio (o equivalente a 5 gramas de sal) por dia para meninos e meninas entre 2 e 15 anos.
Engana-se quem pensa que esse alimento é um primo do iogurte. Trata-se, na verdade, de um tipo de queijo. "A recomendação dos fabricantes é que ele seja oferecido para crianças maiores de 4 anos, mas do ponto de vista clínico, não vejo problema em consumi-lo antes. Além de conter uma proteína de alto valor biológico, os teores de açúcar e gordura de sua composição diminuíram bastante”, analisa o pediatra do Sabará.
No entanto, é preciso cuidado: o queijinho não deve ser dado aos pequenos que ainda não completaram 1 ano. E, mesmo nos casos em que está liberado, ele não deve substituir as refeições principais ou até mesmo a amamentação.
Está aí outra figurinha carimbada no menu da criançada. O leite fermentado é cheio de probióticos - bactérias que fazem um bem danado para o organismo, inclusive o dos bebês. No entanto, o ideal é que ele só entre na dieta dos pequenos depois de 1 ano de vida, quando os pequenos já podem consumir lácteos. E, mais uma vez, vale o alerta: nada de substituir um copo de leite ou uma mamada pela bebida.
Ela está na lista dos alimentos que mais causam alergia em bebês. Mas a principal preocupação é com os pequenos que sofrem com a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV). "Existe um risco 40% maior de essas crianças apresentarem também alergia à proteína da soja", alerta Mauro Fisberg. Se esse não for o caso do seu pequeno, a leguminosa está lberada a partir dos 6 meses. Apenas observe se ele não apresenta algum tipo de reação alérgica.
Os pequenos caroços destas frutas também são grandes causadores de alergias nos pequenos. Embora isso seja difícil de acontecer, a recomendação é oferecer essas duas frutinhas após o oitavo ou nono mês de vida. Ah, também vale investir nas versões orgânicas!